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PSICOLOGIA NA MÍDIA

Fico feliz em poder ver e até participar da presença da Psicologia na Mídia, pois acredito que essa oportunidade torna a Psicologia um instrumento importante nas discussões e intervenções de ordem social. Também vejo a Psicologia saindo daquele modelo clínico e, muitas vezes, até rotulado como elitista e entrando na casa das pessoas através dos meios de comunicação como rádios, jornais e internet. É claro, que nada disso substitui a importância da Psicoterapia na elaboração dos conflitos, mas certamente, auxilia na ampliação da compreensão daquele conflito e, isso já é um grande avanço e conquista. Através desta parceria entre Psicologia e Mídia também percebo a quebra dos tabus e preconceitos em relação à procura de um Psicólogo. São enumeros os modos de inserção do Psicólogo nos meios de comunicação, como por exemplo, quando um psicólogo é convidado a se manifestar profissionalmente em algum programa jornalístico, falando sobre alguma situação que foi divulgada pelo meio de comunicação, como várias tragédias que estamos vendo no âmbito familiar e social, como filhos matando pais, jovens agredindo empregadas ou pessoas de culturas diferentes, entre outros acontecimentos. Podemos ver, algumas vezes, em novelas ou programas de humor um “personagem-psicólogo”. Também são realizadas entrevistas, onde este profissional aborda e até conceitua algum tema específico. Porém, como tudo na vida, a participação da Psicologia na Mídia tem seu pólo positivo, mas também apresenta um pólo negativo. Primeiro que o profissional precisa tomar muito cuidado com as questões éticas, pois não poderá, por exemplo, analisar um caso publicamente, mas, pode, a partir de um caso específico, opinar sobre uma situação geral de interesse da sociedade. Caso contrário, uma análise individual pode configurar em quebra de sigilo. Uma outra situação delicada da Psicologia na Mídia é que quando um profissional aborda sobre alguma patologia e acaba conceituando-a (como vemos muito sobre o TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo, Transtorno do Pânico, entre outras patologias), a partir daí, começam a surgir, em consultórios, vários pacientes acreditando ter tal patologia por se encaixar em vários itens conceituados no meio de comunicação. Neste caso, é preciso tomar muito cuidado com esta divulgação e o diagnóstico só poderá ser confirmado por um profissional específico. Também é preocupante a maneira como o “personagem-psicólogo” está passando a imagem e a atuação deste profissional, que pode vir a distorcer a real função do psicólogo para muitos telespectadores que não têm esta informação bem esclarecida. Portanto, a participação dos Psicólogos na Mídia, quando realizada com competência e ética, é saudável para a profissão e para a sociedade, à medida que esse profissional esteja prestando esclarecimentos e serviços à comunidade, colocando a leitura da dimensão Psicológica da realidade na Mídia. Com isso, a população tem ganhos, ao adquirir uma nova dimensão para compreender a realidade. Sendo assim, este espaço tem como objetivo abordar, semanalmente, assuntos de nossa Realidade Social sobre um olhar Psicológico, ampliando nossos conhecimentos, nossa visão e atuação sobre determinadas situações do dia-dia.

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